O ato de lembrar nossos entes queridos não deve ser ao modo de ver de muitos um ato de tortura ou de renovação de sofrimentos, ao qual de tudo se faz para tentar esquece- los, mas em vão, pois eles não são o que são ou o que foram antes em suas vidas, por eles mesmos. Eles como nós somos filhos de DEUS, ou seja pedacinho da presença de DEUS no mundo. O mundo para nós não é o limite que conhecemos pois DEUS é infinito e eterno, e quando olhamos para nosso interior podemos perceber que não nos conhecemos bem nas questões de quem verdadeiramente somos. Somente quando vamos nos aproximando pela fé do Reino de DEUS é que encontramos as luzes que buscamos e a partir do íntimo da alma é que brota a verdadeira paz e felicidade em que tantas vezes mesmo em meio a tantas tempestades podem testemunhar aqueles, que procuram caminhar a partir do interior de seus corações a jornada com DEUS e os irmãos.
O sofrimento lapida nossa alma na dor. Nos ensina que a mesma força que faz sofrer pode ser transformada em força que leva a paz, a uma nova vida. A lembrança, o ato de tornar presente no coração a presença das pessoas amadas ausentes pelas lembranças podem santificar mutuamente ambas as pessoas, as que lembram e as que são lembradas. Não é proveitoso lembrar para reclamar e se lamentar, mas é proveitoso lembrar para se edificar e edificar o que é lembrado na presença, na graça de DEUS.
A caridade faz unir o Céu e a Terra pela felicidade eterna dos seus. Quanto mais fé mais suavidade em levar os mais pesados fardos. O gesto de lembrar nossos entes queridos com fé , esperança, caridade nos faz unir de tal forma ao Sagrado Coração de JESUS as nossas duras almas são amolecidas nas águas das penitencias em que tantas vezes são os nossos sentimentos de saudades e vazio.
Quantas vezes nosso coração parece uma flor linda coberta por um frio orvalho e ambos são aquecidos pelo sol ao despertar nas manhãs. A beleza da flor é o que somos e o orvalho são nossas dores e lágrimas.