Por que motivos podemos ir ao Purgatório?

Ó DEUS de amor e misericórdia infinita, me criastes à vossa imagem e semelhança, me deste uma alma pura , alva como a neve, inocente como a mais tenra criançinha e eu manchei muitas vezes este templo edificado por vossas mãos com tanto amor, com o orgulho e a vaidade, não mereço vossa complacência mas apesar de tudo reconheço que não sou feliz distante de vossa presença, eu preciso de vós ó DEUS, não me abandoneis ao poço de miséria em que me fiz cair, eu desejo vosso perdão e o auxilio de vossa graça para renascer em vossa amizade, aceitar vossa paz e me comprometer com vosso reino de amor, justiça e paz. Eis me aqui ó DEUS, revolvei novamente esta argila e faze dela vosso templo e morada, fortaleça- me em vosso Espírito Santo, nutre- me com o alimento do Corpo e Sangue de Vosso Divino Filho, e dai- me o amor de Sua Santa Cruz, para que contrito e arrependido, humildemente me incline em todas as coisas diante da vossa santa vontade e tudo eu faça por vossa glória, dai- me a alegria de ter renovado a alma e o coração, e conduzi- me na perseverança de vossos mandamentos, e viva na vossa amizade . Eis- me aqui ó DEUS ajuda- me a chegar até onde estais e não deixai que me afaste de vós. Em vós eu me sinto feliz e amparado, abençoai- me agora e sempre. Assim seja.

Todo pecado trás como consequência duas coisas:

A culpa e a pena (pena eterna + pena temporal).

 

Pela verdadeira contrição e pelo Sacramento da Reconciliação, ficam perdoadas a culpa e a pena eterna.

Todavia, permanece a pena temporal, o dever da penitência e da reparação do mal que cometemos. Fica uma dívida que devemos pagar à Justiça de Deus, nesta vida ou no Purgatório.

Pelas Indulgências podemos diminuir e até apagar toda a pena temporal. Sobre as indulgências falaremos adiante.

Assim podemos resumir os motivos que nos levam ao Purgatório:

 – pelos pecados veniais não remidos ou perdoados neste mundo;

 – pelas inclinações viciosas deixadas em nossa alma pelo hábito do pecado e

 – pela pena temporal devida a todo pecado mortal ou venial cometido depois do batismo e não expiado ou expiado insuficientemente nesta vida.

 

Como são os sofrimentos (penas)?

1º Sofrimento – Pena dos Sentidos

Reuni todas as penas que os homens têm sofrido, sofrem e sofrerão, desde o princípio do mundo até o fim dos tempos; juntai todos os tormentos que os tiranos e os algozes têm feito sofrer aos mártires: será uma pálida imagem dos tormentos do Purgatório; e, se às pobres encarceradas fosse permitida a escolha, prefeririam aqueles suplícios durante mil anos a ficarem no Purgatório mais um dia”. – Santa Catarina de Gênova

A dor não é o golpe que recebe, mas a sensação dolorosa desse golpe”. – São Tomás de Aquino

O fogo que envolve é o mesmo que atormenta os condenados no inferno, e esse fogo, oh, é terrível!” – São Tomás de Aquino

As penas do Purgatório são passageiras, não são eternas, mas creio que são mais terríveis e insuportáveis que todos os males desta vida”. – São Gregório Magno

Como deve ser maravilhoso o Céu, pois Deus exige uma purificação tão dolorosa das almas”. – Santa Catarina de Sena

2º Sofrimento – Pena do Dano

É a separação forçada de Deus ou uma força irresistível, que a cada instante afasta bruscamente de Deus a alma que a todo momento, por instinto de sua natureza, corre a se unir com Ele. Imaginemos uma mãe que chamada pelo filho prestes a ser devorado por uma fera, fosse retida por uma força invencível no momento em que se precipitasse em seu socorro. Para as almas esta sensação é uma constante.

3º Sofrimento – Impotência de se acudirem a si próprias

É a impotência absoluta, não podem nem fazer penitência, nem merecer, nem satisfazer à Justiça Divina, nem ganhar uma indulgência, nem receber os Sacramentos.

Mais uma vez é importante lembrar que nós podemos ajudá-las a se libertarem.

4º Sofrimento – O conhecimento dos seus pecados

As almas do Purgatório veem as coisas de Deus diferente de nós, esclarecidas pela Divina Luz, compreendem elas o respeito, o amor, a obediência que deviam a Deus, e ainda, a ingratidão dos pecados que cometeram. Essa ingratidão as oprime de tantos remorsos, que elas sentem a necessidade de sofrer para expiar tanta falta de amor, e ainda, a esse sentimento se une o pensamento de que teriam podido facilmente evitar em vida as faltas que as fazem sofrer.

5º Sofrimento – O esquecimento em que caem

As almas sofrem com o esquecimento dos seus, elas pedem o repouso, o refrigério e a luz, e não rezamos por elas o quanto deveríamos, para libertá-las desse estado.

6º Sofrimento – Incerteza do tempo de permanência no Purgatório

Na eternidade não há mais tempo. O tempo não é como o nosso, elas sofrem sem saber quando vão se libertar. Um minuto nosso para elas é uma eternidade.

Eu temo, temo do bom conceito que meus amigos têm feito de mim; entendendo que eu já estou no Céu, sem querer me deixarão ficar no Purgatório”. – São Francisco de Sales

De boa vontade eu ficaria cem mil anos no Purgatório, pois teria a certeza do Paraíso”. – São Bernardino de Sena

 

O que nos leva ao Purgatório?

A Tibieza e o Pecado Venial

A tibieza é o hábito não combatido do pecado venial, ainda que seja um só”. – Santo Afonso

A tibieza mina o espírito, sem que as pessoas percebam, nos enfraquece espiritualmente, amortece as energias da vontade e do esforço. Afrouxa a vida cristã. É um sistema de acomodações na vida espiritual do cristão.

Há muitos sinais de tibieza, mas o que a caracteriza é o pecado venial deliberado e habitual.

Tudo quanto ofende a Nosso Senhor nunca é leve ou coisa sem importância para uma alma fervorosa. O pecado venial é uma ofensa a Deus, e nele há:

Três circunstâncias agravantes:

 – Uma injúria a Majestade Divina.

 

 – Revolta contra a Autoridade de Deus.

 

 – Ingratidão a Bondade Eterna.

 

O hábito dos pecados veniais tira dos nossos olhos a malícia do pecado grave, e em breve não receamos passar das faltas mais leves aos maiores pecados”. – São Gregório

Depois da morte, as menores penas que nos esperam é algo maior do que tudo que se possa padecer neste mundo. “As menores faltas são punidas severamente”. – Santo Anselmo

 

O que devemos fazer?

Eis as palavras de Santo Agostinho:

Devemos, pois socorrer os falecidos:

 – Em razão do parentesco de sangue.

 – Por gratidão, aos benfeitores nossos.

 – Por justiça.

 – Por caridade.O Santo Cura d’Ars, São João Batista Vianney, era um devoto fervoroso das almas do Purgatório. Pedira a Deus a graça de sofrer muito. Os sofrimentos do dia, oferecia-os pela conversão dos pecadores, e os da noite, pelas almas do Purgatório.

Se soubéssemos como é grande o poder das boas almas do Purgatório (em nosso favor) sobre o Coração de Jesus, e se soubéssemos também quantas graças poderíamos obter por intercessão delas, é certo, não seriam tão esquecidas”. – São João Batista Vianney

 

Como podemos ajudá-las?

Um dia, Santa Gertrudes rezava com fervor pelos falecidos, quando Nosso Senhor lhe fez ouvir estas palavras:

Eu sinto um prazer todo especial pela oração que me fazem pelos fiéis defuntos, principalmente quando vejo que a compaixão natural se junta a boa vontade de a tornar mais meritória. A oração dos fiéis desce a todo instante sobre as almas do Purgatório, como um orvalho refrigerante e benéfico, como um bálsamo salutar que adoça e acalma suas dores, e ainda as livra das suas prisões mais ou menos rapidamente conforme o fervor da devoção com que é feita”.

E ainda noutra ocasião:

Muitíssimo grata me é a oração pelas almas do Purgatório, porque por ela tenho ocasião de libertá-las das suas penas e introduzi-las na glória eterna”.

 

Oração

Aplicando as indulgências recebidas na oração em sufrágio, para a liberdade das almas do Purgatório.

Aqui vemos a importância das indulgências, através delas pagamos à Justiça Divina o que devemos, ou as oferecemos pelas almas para que elas possam assim pagar o devem à Justiça Divina, e se libertarem para entrar no gozo Celeste.

Salmo 129 (130) – De Profundis

É um dos sete Salmos Penitenciais, e é uma oração indulgenciada.

Orações canônicas do Breviário ou Divino Ofício, Orações Oficiais da Igreja

A oração é a chave de ouro que abre o Céu”. – Santo Agostinho

 

Sofrimento

Aliviemos as almas do Purgatório, aliviemo-las por tudo o que nos penaliza, porque Deus tem cuidado em aplicar aos mortos os méritos dos vivos”. – São João Crisóstomo

Podemos aceitar os nossos sofrimentos com amor e humildade, oferecendo-os em sacrifício pelas almas, afim de que elas sofram menos. É meritório para nós (santificação) e para as almas (alívio dos sofrimentos) oferecer a Nosso Senhor Jesus Cristo a cruz de cada dia pelos nossos falecidos. Quem não tem a sua cruz?

É bom lembrar que, aceitando os sofrimentos da vida, em espírito de reparação, estaremos diminuindo as penas que poderemos experimentar se formos para o Purgatório. Não sabemos o nosso futuro.

 

Ato Heroico

Quando fazemos um ato de penitência e oração, como por exemplo, rezar um Santo Terço de joelhos, há neste ato, três frutos diferentes:

Um fruto meritório –

que não o podemos perder, é o mérito pessoal de quem o pratica, nos dá um acréscimo de graça e de glória.

Um valor satisfatório do ato –

que é a penitência, o sacrifício, e este é para as almas, no Ato Heroico.

Uma força impetratória –

que é a da oração como oração.

 

“É o ato que consiste em oferecer à Divina Magestade, em proveito das almas do Purgatório, todo o valor satisfatório das obras que fizemos durante a vida, e todos os sufrágios que forem aplicados pela nossa alma depois da morte”.

Este ato há de ser feito em perpétuo, isto é, por toda a vida continuando após a morte, mas não obriga sob pena de pecado, a pessoa pode renunciá-lo, não comete pecado mortal nem venial.

Pelo Ato Heroico não renunciamos o mérito de nossas boas obras, isto é o fruto meritório, que nos dá nesta vida um acréscimo da graça e da glória no Paraíso. Este merecimento é nosso e não o podemos ceder aos outros.

Além disso, tudo o mais que fizermos, será em proveito das almas do Purgatório, desde que fazemos o Ato Heroico, todas as indulgências que lucramos são das almas. Só a indulgência plenária na hora da morte não é aplicável aos falecidos. O Ato Heroico não impede de rezar nas próprias intenções e pelos falecidos.

O Ato Heroico não nos impede de utilizar a força impetratória da oração por alguma alma em particular, mas a entrega que se faz em favor das almas sofredoras neste ato, no qual cedemos o valor satisfatório, é feito, em geral, por todas as almas, e não em favor de uma ou outra em particular.

É um engano pensar que se perde muito com o Ato Heroico, ao contrário, lucra-se mil vezes mais. Deus se deixa vencer em generosidade? Este Ato é cheio de mérito, é um ato perfeito, que nos faz esquecer de nós mesmos para favorecer nossos irmãos e praticar a caridade. “A caridade cobre uma multidão de pecados”, nos ensina a Palavra de Deus. Este heroísmo de caridade será recompensado com superabundância de graças em vida e de glória na eternidade.

Para realizá-lo, não é prescrita uma oração em especial, pode ser feito espontaneamente.

 

Missas Gregorianas

É providenciar a celebração de trinta Santas Missas individuais, isto é, por uma só alma e não por diversas na mesma Santa Missa, em trinta dias consecutivos, se por acaso nestes dias forem os três últimos dias da Semana Santa (sexta-feira ao domingo), a interrupção não altera o prosseguimento, as Santas Missas destes dias podem ser celebradas depois em seguida. Todavia, não é necessário que as Santas Missas sejam celebradas pelo mesmo sacerdote, numa mesma igreja e altar.

O essencial é que sejam celebradas trinta Santas Missas por um falecido, em trinta dias consecutivos.

Deus acolhe com mais fervor a oração pelos mortos, do que a que nós lhe dirigimos pelos vivos”. – São Tomás

 

Exercícios de piedade nas segundas–feiras e no Mês de Novembro

Como nos ensina a Tradição cristã, o costume de fazer piedosos exercícios pelas almas do Purgatório nas segundas-feiras durante o ano todo, e também durante todos os dias do mês de Novembro, neste mês rezamos em especial pelas almas do Purgatório, nestes dias pratiquemos em sufrágio das almas o quanto pudermos; assistir a Santa Missa, receber a Sagrada Comunhão, dar esmolas, fazer a Via Sacra, visitar os doentes, enfim, temos à nossa disposição muitas maneiras de sufragá-las.

 

Santa Missa

É o maior, mais poderoso e eficaz sufrágio que possamos oferecer a Deus pelos falecidos. É o mesmo Sacrifício do Calvário, na Santa Missa se oferece o próprio Deus para reparar as faltas de toda a humanidade. Pode haver maior sufrágio que a Santa Missa?

Distinguem-se quatro frutos principais do Santo Sacrifício:

Um fruto geral – aplicado a todos os fiéis vivos e falecidos não separados da Comunhão da Igreja;

Um fruto especial – aplicado aos que assistem atualmente a Santa Missa;

Um fruto especialíssimo – aplicado aos que mandam celebrar a Santa Missa e

Um fruto ministerial – que pertence ao celebrante e é alienável.

Vale mais assistir devotamente uma Santa Missa por nós em vida, ou dar espórtula para se celebrar, do que várias Missas após a morte”. – Santo Anselmo

A cada Santa Missa celebrada com devoção, saem muitas almas do Purgatório. E não sofrem tormento algum durante a Missa aplicada por elas”. – São Jerônimo

Os anjos não somente assistem ao Sacrifício da Santa Missa, senão que no fim acodem voando às portas do Purgatório a libertar às almas, às quais Deus aplica a virtude do Santo Sacrifício que se acaba de celebrar”. – São João Crisóstomo

Nenhuma língua humana pode exprimir os frutos de graças que atrai o oferecimento do Santo Sacrifício da Missa”. – São Lourenço Justiniano

Toda Santa Missa diminui teu Purgatório; toda Santa Missa alcança-te um grau de glória no Céu”. – São Bernardo

A Santa Missa é o sol que dissipa as trevas do Purgatório”. – São Francisco de Sales

Na hora da morte, as Santas Missas às quais tiveres assistido, serão a tua maior consolação. Um dos fins da Santa Missa é alcançar para ti o perdão dos teus pecados. Em cada Santa Missa podes diminuir a pena temporal devida aos teus pecados…”. – Santo Agostinho

 

Comunhão

Sim, depois da Santa Missa, não há sufrágio melhor e mais poderoso para socorrer as pobres almas que a Santa Comunhão. Escreveu São Boaventura: “Que a caridade te leve a comungar, porque nada há tão eficaz para proporcionar descanso aos que padecem no Purgatório”.

A comunhão dignamente recebida é um meio especialíssimo para o sufrágio das almas do Purgatório, pois na Sagrada Comunhão oferecemos o próprio Deus.

Podemos também oferecer a Comunhão Espiritual pelas almas sofredoras.

 

Penitência e Boas Obras

A penitência além de nos ser necessária, é muito meritória, e podemos oferecê-la em sufrágio das almas do Purgatório.

Oferecer alguns momentos de sede de vez em quando, para matar a sede que as almas do Purgatório têm de Deus.

Mortificar a curiosidade nas leituras, em querer saber tudo, para reparar os pecados cometidos pelas almas por esta falta de mortificação. Dominar a gula, os vícios, etc.

Fazer atos de humildade para reparar o orgulho cometido por tantas almas que sofrem.

Reservar um pouco dos rendimentos para providenciar a celebração da Santa Missa, e para outros atos de caridade em sufrágio das almas do Purgatório.

Assim, tiraremos duplo proveito: a nossa santificação e o alívio das almas sofredoras.

Uma pequena penitência livremente praticada nesta vida é preferível, aos olhos de Deus, a uma grande penitência imposta na outra”. – São Boaventura

 

Via Sacra

É também um excelente meio de sufrágio para as almas sofredoras, a meditação da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo nos recorda o Preciosíssimo Sangue derramado pela salvação das almas, e nos faz pedir pelo Sangue de Cristo a libertação das almas do Purgatório.

Se quereis crescer de virtude em virtude, atrair para vossa alma graça sobre graça, entregai-vos muitas vezes ao piedoso exercício da Via Sacra”. – São Boaventura

 

Esmolas

Socorramos os pobres e necessitados, oferecendo as indulgências recebidas em sufrágio das almas do Purgatório.

Já no Antigo Testamento observamos esta prática.

O anjo disse a Tobias:

A esmola salva da morte, apaga os pecados, tira a alma das trevas, faz-lhe achar graças diante de Deus e lhe assegura a vida eterna”.- Tobias 4, 8-11

 

Água Benta

O Venerável padre Domingos de Jesus, segundo o costume da Ordem Carmelitana, tinha uma caveira sobre a mesa de sua cela. Certo dia, ao ter aspergido essa caveira com água benta, a mesma começou a bradar em voz alta suplicando: Mais água benta! Porque ela alivia o ardor das chamas horrivelmente dolorosas!

A oração da Igreja intercede por meio da água benta, por isso as almas do Purgatório tanto anseiam pelo uso desta em seu favor.

 

Nossa Senhora – Uma parte especial à sua Intercessão…

Eu sou a Rainha do Céu, eu sou a Mãe da misericórdia, o caminho por onde voltam os pecadores a Deus. Não há pena no Purgatório que não se alivie e que por Mim não se torne menor do que se o fôra sem Mim”. – Nossa Senhora à Santa Brígida

Cada ano, nas grandes festas, a Mãe de Deus desce ao Purgatório e liberta muitas almas do sofrimento, levando-as para a glória, sobretudo nas festas da Páscoa, do Natal e da Assunção”. – Venerável Dionizio Cartuziano

 

Escapulário de Nossa Senhora do Carmo

Diz a tradição que na noite do dia 16 de julho de 1251, o Prior Geral dos Carmelitas, São Simão Stock, um homem considerado por todos os Irmãos como um homem de intensa oração, de entrega total, devoção e amor à Mãe do Carmelo, a Virgem Maria, mergulhado na oração, dirigiu-se a Virgem Maria e pediu-lhe a proteção da “Senhora” sobre seus vassalos em tempos de perseguição e dificuldades. Pediu-lhe que ajudasse a seus Irmãos, porque estes sempre se mantinham fiéis a seu serviço e agora necessitavam de sua ajuda. Neste momento, segundo a tradição, rezou esta famosa oração que até hoje os Carmelitas cantam solenemente nas festas:

“Flor do Carmelo, vide florida.

Esplendor do Céu. Virgem Mãe incomparável.

Doce Mãe, mas sempre Virgem,

Sede propicia aos carmelitas, Ó Estrela do Mar”.

Durante esta oração, apareceu-lhe a própria Virgem Maria, rodeada de anjos.

Entregou-lhe o Escapulário que tinha em suas mãos e lhe disse:

Recebe, meu filho muito amado, este Escapulário de tua Ordem, sinal de meu amor, privilégio para ti e para todos os carmelitas: quem com ele morrer, não se perderá. Eis aqui um sinal da minha aliança, salvação nos perigos, aliança de paz e de amor eterno”.

E ainda:

Eu, como terna Mãe dos confrades carmelitas, descerei ao Purgatório no primeiro sábado depois da sua morte e os livrarei e os conduzirei ao Monte Santo da vida eterna”.

Normas Práticas no uso do Escapulário:

O escapulário é imposto só uma vez por um sacerdote, com a imposição passa-se a fazer parte da grande família carmelitana, participando de toda a vida espiritual do Carmelo.

Por ser confeccionado com tecido, o escapulário desgasta-se facilmente; por isso recomenda-se que seja substituído por um novo quando necessário. Este também deverá receber a benção sacerdotal.

Pode ser substituído por uma medalha que represente de uma parte a imagem do Sagrado Coração de Jesus e da outra, a Virgem Maria.

O escapulário compromete com uma vida autêntica de cristãos que se conformam às exigências evangélicas, recebem os Sacramentos, professam uma especial devoção à Santíssima Virgem, expressa ao menos com a recitação diária de três Ave-Marias.

O Escapulário do Carmo não é:

Um amuleto;

Uma garantia automática de salvação;

Uma dispensa de viver as exigências da vida cristã.

 

 

visitar:

http://apostolosdasagradaface.com.br/mes-de-novembro-dedicado-as-almas-do-purgatorio-oracoes-para-cada-dia-do-mes/

Bibliografia

A Bíblia de Jerusalém

Catecismo da Igreja Católica

BRANDÃO, Monsenhor Ascânio. Tenhamos Compaixão das Pobres Almas. São Paulo, Editora Ave Maria, 2ª edição, 1956.

REIS, Pe. Oliveiros de Jesus. O Purgatório e as Almas que Sofrem. Porto – Portugal, edição do Cavaleiro da Imaculada, 5ª edição.

PEREIRA, Monsenhor Dr. José Basílio. Mês das Almas. Salvador, Bahia, Editora Mensageiro da Fé Ltda, 15ª edição. 1969.

PINTO, Hugo Ferreira. Coração Indulgentíssimo de Jesus – Introdução ao Manual de Indulgências. Petrópolis, Rio de Janeiro, Editora Vozes. 1998.

Manual das Indulgências normas e concessões. São Paulo, Editora Paulus, 3ª edição, 1989.

Sufrágio. Belo Horizonte, Editora da Divina Misericórdia, 1996.

 

 

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